quinta-feira, 3 de maio de 2018

Antigo Regime


O sistema feudal


Entre os séculos V e XV, o sistema feudal foi predominante na Europa. Nesse período a maioria da população europeia vivia na área rural e trabalhava na produção agrícola. Os servos, como eram chamados os camponeses, deviam fidelidade aos grandes proprietários de terra e, em troca, recebiam deles proteção e permissão para trabalhar na terra.


Os proprietárias rurais eram chamados senhores feudais. Eles eram nobres que recebiam dos reis um grande lote de terras - o feudo - e ficavam comprometidos a garantir a defesa do território. Conforme os senhores feudais foram aumentando suas propriedades e o número de camponeses sob sua proteção, eles ficaram mais poderosos e adquiriram certa autonomia em relação ao rei
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                                        A crise do feudalismo



A crise do feudalismo, a partir do século XI, aconteceu com o desenvolvimento do capitalismo mercantil, que necessitava da expansão do comércio e da ampliação dos lucros; e das cidades, pois no mundo feudal o que prevalecia era uma sociedade rural.


Entre os fatores que contribuíram para a crise do feudalismo podemos destacar a necessidade da nobreza em ampliar a arrecadação de dinheiro para custear os gastos públicos, o processo de urbanização que gerou a expansão do comércio, promovendo novas relações de trabalho, como o regime assalariado; e, principalmente, o surgimento de uma nova camada social chamada burguesia. Essas mudanças ocorreram, em grande parte, nas regiões da Europa Ocidental, que aderiram com mais facilidade às transformações relacionadas ao aumento das atividades comerciais e ao aumento populacional.


O aumento das atividades comerciais contribuiu para a utilização da moeda na economia e para o aumento da produtividade, visando uma maior margem de lucros. O espírito empreendedor influenciou as relações comerciais rumo a mudanças econômicas mais profundas, que foram dando origem ao capitalismo, que tinha por objetivo o aprimoramento nas técnicas de produção, a organização do trabalho e a ampliação dos negócios.
Portanto, o sistema feudal não conseguiu acompanhar as mudanças em relação ao crescimento das cidades e da população, e nem ao surgimento da burguesia e o florescimento do espírito capitalista.




                           A burguesia e a nobreza apoiam o rei 

Os burgueses passaram a apoiar os reis para que eles promovessem mudanças que estimulassem as relações comerciais. O sistema feudal impunha diversos empecilhos ao desenvolvimento do comércio e não havia, por exemplo, uma moeda nem um sistema de pesos e medidas unificados.
Os reis reis estimularam os negócios burgueses desfazendo parte desses empecilhos feudais. Com isso, conseguiram arrecadar mais impostos, enriquecendo seus reinos e fortalecendo seu poder.


  
                                A Centralização política
  
O apoio da burguesia e de parte da nobreza fortaleceu o poder dos reis e possibilitou, gradativamente, a centralização política dos reinos, que foram se constituindo em Estados.

A criação de exércitos permanentes, disciplinados e fiéis ao Estado e a imposição de uma única língua e uma religião oficial também foram imprescindíveis para a conquista da soberania desses territórios.

Outra inovação importante dessa época foi a retomada do princípio da propriedade privada, que pertencia ao Direito Civil Clássico, também conhecido como Direito Romano. Na economia, esse sistema jurídico servia aos interesses da burguesia comercial e manufatureira. No plano político, ele privilegiava a ideia de um líder governando com plenos poderes, o que atendia à crescente centralização política na figura do rei durante o processo de formação dos Estados Modernos.

   Mercantilismo

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.

É possível distinguir três modelos principais: balança comercial favorável, pacto colonial e protecionismo. Segundo William Holman Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.


                                                          Os três estados

  Na França o clero e a nobreza tinham enormes privilégios e o rei impunha a sua vontade, era o representante de Deus na terra. Nessa época a sociedade francesa estava dividida em três ordens ou estados:
  O primeiro estado era o clero, que representava a Igreja, com cerca de 120 mil pessoas.
  O segundo estado era a nobreza, composta pela corte, que girava em torno do rei, pela nobreza provincial e pelas pessoas que embora não tenham nascido nobre enriqueceram e compraram títulos de nobreza. À nobreza correspondia um total de 360 mil pessoas.
  O terceiro estado era formado pela maioria da população, entre burgueses, trabalhadores, artesãos e camponeses, além de um grande contingente de desempregados, famintos e marginalizados. Mas o grande contingente populacional eram realmente os camponeses, que correspondiam a cerca de 80% da população francesa. Muitos desses camponeses ainda estavam presos aos seus senhores feudais.
                      O público e o privado no Antigo Regime



Há diversas características que separam o público do privado. No entanto, essa distinção foi construída ao longo da história das sociedades, mais especificamente a partir do início da Idade Moderna.
A partir do século XVI, na Europa, o Estado passou a interferir cada vez mais nos espaços sociais da comunidade. Além das funções administrativas jurídicas e militares, passou a exercer maior controle social. A maior interferência do Estado sobre a sociedade proporcionou o desenvolvimento de novas normas de conduta e padrões de comportamento.
Além do fortalecimento do Estado moderno, os historiadores apontam outros fatores que contribuíram para o processo de divisão entre o público e o privado, entre eles as reformas religiosas e o aumento nos índices de alfabetização.

                                 Os teóricos do Absolutismo

Os teóricos do absolutismo surgiram em um momento posterior à formação de diversas monarquias nacionais. Geralmente, ou teciam suas perspectivas com base em experiências e conflitos vividos no interior de determinadas monarquias ou legitimavam o poder real por meio de uma análise comparativa entre as diferentes formas de governo já experimentadas. Além disso, contaram com a ascensão da imprensa para que tivessem suas idéias lançadas ao público.
Ao mesmo tempo, lembrando que a Idade Moderna ainda estava fortemente marcada por valores religiosos, notamos que alguns pensadores absolutistas buscaram justificativas religiosas para o reconhecimento do poder real. O princípio do “direito divino dos reis” defendeu a idéia de que a ascensão de um monarca ao poder, na verdade, refletia os anseios divinos com relação ao destino da nação. Em certa medida, o rei se transformava em um representante de Deus.
Entre os principais pensadores do absolutismo, podemos dar destaque à obra do italiano Nicolau Maquiavel, autor de “O príncipe”; do pensador britânico Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”; o jurista francês Jean Bodin, criador de “Os seis livros da República”; e Jacques-Bénigne Bossuet, teólogo francês autor de “Política Segundo a Sagrada Escritura”.




Curiosidades:O Antigo Regime refere-se originalmente ao sistema social e político aristocrático que foi estabelecido na França. Trata-se principalmente de um regime centralizado e absolutista, em que o poder era concentrado nas mãos do rei.

Também se atribui o nome Antigo Regime ao modo de viver característico das populações europeias durante os séculos XV, XVI, XVII, e XVIII, isto é, desde as descobertas marítimas até às revoluções liberais. Coincidiu politicamente com as monarquias absolutas, economicamente com o capitalismo social, e socialmente com a sociedade de ordens.

As estruturas sociais e administrativas do Antigo Regime foram resultado de anos de “construção” estatal, atos legislativos, conflitos e guerras internas, mas, tais circunstâncias permaneceram como uma mistura confusa de privilégios locais e disparidades históricas, até que a Revolução Francesa põe fim ao regime.






Iluminismo

                 O Iluminismo


O Iluminismo foi um movimento intelectual que ocorreu na Europa,no século XVIII.Os intelectuais que participaram desse movimento pretendiam trazer à luz novos conhecimentos, “iluminando’’ a sociedade.Essa ideia de iluminação,de trazer à luz,foi inspirada pela filosofia antiga,particularmente a de Platão,que via a “luz” como imagem ou símbolo do conhecimento verdadeiro.

 
                O método científico


 Os avanços científicos do século XVII forneceram as bases para o pensamento iluminista.Os cientistas do século XII renovaram a maneira de analisar a natureza e abriram caminho para os filósofos,iluministas do século XVIII. Essa mudança na forma de compreensão do mundo foi acompanhada pelo estabelecimento do método científico.Esse método,que consistia na observação rigorosa ,racional e sistemática da natureza,resultou na chamada Revolução Científica do século XVII,que estimulou o desenvolvimento do espírito crítico.

Entre os principais pensadores dessa época,estão Francis Bacon, Galileu Galilei e René Descartes.

Francis Bacon foi um filósofo, político inglês e um dos fundadores do método indutivo de investigação científica, o qual estava baseado no Empirismo. Seus estudos contribuíram para a história da ciência moderna.


Galileu Galilei foi um importante astrônomo, físico e matemático italiano.Ele é considerado um marco da revolução científica nas áreas da física e da astronomia.Os estudos de Galileu foram fundamentais para o desenvolvimento da mecânica (movimento dos corpos) e a descoberta sobre os planetas e os satélites.Fundador da Ciência Moderna e Pai da Física Matemática, uma de suas relevantes contribuições reside, propriamente, na criação do método científico.




René Descartes foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da frase "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. Uma nova visão da natureza anulava o significado moral e religioso dos fenômenos naturais. Determinava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.


                 Política
Para os iluministas,uma sociedade só alcançaria a liberdade e a justiça por meio do impedimento do poder excessivo de seu governante.Presente na sociedade europeia do século XVIII,o poder absoluto também foi alvo de duras críticas dos pensadores iluministas.Esses pensadores contestavam o despotismo e a ideia de direito divino dos reis,além de condenarem os privilégios da nobreza e do clero.


Montesquieu e os Três Poderes : Um dos maiores críticos do Absolutismo monárquico foi Montesquieu.Segundo ele,esse tipo de regime político era corrupto e violento,comprometia a sociedade e trazia estagnação,temor e pobreza para a população.Para libertar a sociedade do despotismo e criar um bom ,seria necessária a separação do poder em três campos de atuação;executivo (que executa e administra as leis),legislativo (que elabora as leis) e judiciário (que julga aqueles que desrespeitam as leis).


O despotismo esclarecido : O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada por alguns monarcas europeus durante o século XVIII.Essa forma de governo se caracterizava pela mistura de práticas absolutistas e ideias iluministas.


                    Economia

Alguns pensadores iluministas criticavam o mercantilismo,a pricipal prática econômica dos Estados europeus naquela época.

Fisiocratas : Eram pensadores que questionavam as práticas mercantilistas.Eles defendiam que a riqueza de um Estado não deveria ser medida pela quantidade de metais preciosos que possuía,mas sim pela quantidade e qualidade dos bens à disposição de seus cidadãos.A verdadeira riqueza seria gerada pela natureza,sendo a agricultura a principal atividade produtiva.


                                        Igreja

No século XVIII,a igreja foi alvo de severas críticas feitas por alguns pensadores iluministas.Esses pensadores criticavam a superstição,o fanatismo e a intolerância religiosa,pois acreditavam que esses eram os principais obstáculos à construção de um mundo melhor e mais racional.

Deístas : Pessoas e em sua maioria pensadores iluministas que acreditava em uma divindade,porém que também acreditavam que essa divindade era um ser onisciente que,apesar de se manifestar em todos os elementos da natureza não interferia na vida dos seres humanos.


                              Enciclopédia

A palavra “Enciclopédia” tem origem grega e significa “cadeia de conhecimentos”.No século XVIII,os filósofos que organizaram a Enciclopédia,entre eles Didreot e D’Alembert,desejavam reunir uma diversidade de conhecimentos nessa obra.



Entre 1751 e 1772,a população francesa passou a ter acesso à Enciclopédia.No final de 1780 a difusão das ideias iluministas atingiu as classes populares,que também eram adeptas às críticas ao Absolutismo monárquico,à nobreza e ao clero,presentes na Enciclopédia.


Já no século XVIII,as ideias iluministas repercutiram na sociedade europeia e influenciaram a maneira como as pessoas explicavam a sociedade.

Bibliografia: https://www.todamateria.com.br/francis-bacon/   

Curiosidades:
O nome Iluminismo foi dado, justamente por esse movimento se opor a escuridão da idade média, também é comum se referir ao iluminismo usando a termologia “século das luzes”. Características: A crença básica do iluminismo, era na razão e na ciência como único caminho para emancipação humana.O novo Homem Iluminista, se preocupava cada vês mais com questões ligadas a vida cotidiana, e despreocupado com questões religiosas, pode desenvolver as relações comerciais.Para o homem Iluminista, as relações comerciais estavam pautadas no lucro e acumulação de capital, de modo que se deveria cobrar por um produto, tudo aquilo que o outro pudesse pagar.O desenvolvimento cientifico era importante para intensificar a produção industrial, e melhor as condições de vida, de modo que as pessoas pudessem trabalha e consumir mais.A necessidade de uma organização política que respeita se a liberdade de comercio e de expansão do poder da classe burguesa, se tornou cada vês mais urgente. Daí decorre o nascimento do estado moderno, e mesmo da “democracia moderna”Filosofia social estava preocupada com questões como a igualdade entre os homens e a liberdade. Esse nome foi dado porque não havia ainda a palavra sociologia.Para os iluministas desenvolve-se um novo conceito de riqueza, que não estava mais ligada a terra. Mas sim ao trabalho (transformação da natureza), desta forma o homem rico era aquele que possuía os recursos de produção.As transformações ocorridas durante o Iluminismo acarretaram no que hoje conhecemos como revolução Industrial e revolução Francesa.



A Revolução Americana


                                     A Revolução Americana
A Revolução Americana é também conhecida como a independência dos Estados Unidos e foi declarada em 4 de julho de 1776. Com esse processo, houve a separação das Treze Colônias da América do Norte do vínculo colonial que existia desde meados do século XVII e a transformação dos Estados Unidos em uma nação independente, com um sistema republicano e federalista.

  
                   Os primeiros ingleses na América

  
  • Os ingleses fizeram as primeiras tentativas de colonizar territórios na América ainda no início do século XVI.Essas primeiras tentativas,no entanto,fracassaram.Somente a partir do século XVII,a atividade colonizadora ganhou força,principalmente por meio da atuação das companhias de comércio,que organizaram a migração de colonos para a América.Esses imigrantes eram de origem variada,incluindo desde famílias burguesas perseguidas por sua religião até camponeses miseráveis que haviam sido expulsos de suas terras.Além dos ingleses,migraram para a América irlandeses,escoceses,franceses e alemães.Em uma grande faixa no litoral leste da América do Norte,foram fundadas treze colônias,que são comumente divididas em colônias do Norte,do Centro e do Sul.


  • As treze colônias eram:

  • Carolina do Norte
  • Carolina do Sul
  • Connecticut
  • Delaware
  • Geórgia
  • Ilha de Rodes
  • Massachussetts
  • Maiyland
  • New Hampshire
  • Nova York
  • Nova Jérsei
  • Pensilvânia
  • Virgínia

  • Colônias do Norte : A região norte das 13 colônias foi denominada Nova Inglaterra. A fixação do colonizador foi facilitada pelas condições climáticas muito semelhantes às da Inglaterra. O processo foi denominado colonização de povoamento.Nessa região foi desenvolvida a agricultura de subsistência e o trabalho de mão-de-obra livre. Começam a surgir as primeiras cidades da costa leste: Nova York, Filadélfia e Boston.A economia era baseada no comércio marítimo com as colônias espanhola e portuguesa da América do Sul. Também eram realizadas transações comerciais com a África.
  • Colônias do Sul : Ao contrário das colônias do norte, as áreas exploradas na região sul da costa leste desenvolveram o sistema de exploração. Nessa região o clima era subtropical, o que favoreceu a implantação da monocultura de produtos como arroz, algodão e tabaco.No sul também foi difundida a exploração da mão-de-obra escrava negra africana. Praticamente toda a produção do sul era voltada para a exportação, enquanto o norte concentrava-se no mercado interno.

            O processo de independência das Treze Colônias

  • O descontentamento dos colonos diante da intervenção do governo britânico deflagrou o processo de Independência das Treze Colônias.Houveram vários conflitos que marcaram essa luta pela independência,como :


               A Guerra dos Sete Anos: A Guerra dos Sete Anos foi um dos principais conflitos militares ocorridos no século XVIII.Esta guerra envolveu vários reinos europeus entre os anos de 1756 e 1763, sendo que os conflitos também se estenderam para os territórios coloniais na África, Ásia e América do Norte.Podemos citar como a principal consequência desta guerra a Independência dos Estados Unidos. Após o conflito, a Grã-Bretanha, embora tenha saído como vencedora, presenciou uma forte crise econômica gerada pelos altos custos da guerra. Para reerguer sua economia, os britânicos optaram por elevar a carga de impostos e tributos de suas colônias norte-americanas. Este foi um dos principais motivos da revolta dos colonos norte-americanos, que passaram a organizar o processo de independência, que ocorreu de fato em 1776 (Independência dos Estados Unidos). 

          O Massacre de Boston foi um incidente ocorrido no Boston.dia 5 de Março de 1770, em Boston, Massachusetts, quando soldados do Exército Britânico dispararam sobre um grupo de civis, matando cinco homens e ferindo outros seis



  • A Festa do Chá de Boston : No dia 16 de dezembro de 1773, os habitantes das colônias norte-americanas rebelaram-se contra uma decisão arbitrária da metrópole inglesa, atirando 45 toneladas de chá ao mar no porto de Boston.


               As Leis Intoleráveis e o Primeiro Congresso Continental

  • Como represália às manifestações dos colonos,o Parlamento britânico tomou algumas medidas que nas colônias ficaram conhecidas como as  Leis Intoleráveis : interdição do porto de Boston até que os colonos indenizassem os prejuízos causados pela Festa do Chá;intervenção em Massachusetts,que foi convertida em colônia real;e a restrição do direito de reunião entre os colonos.Os colonos por sua vez,reuniram-se ilegalmente em uma assembleia,formando o Primeiro Congresso Continental.Sua primeira medida foi a criação de uma Associação Continental,juntamente com o plano de não importar nem consumir produtos ingleses,além de proibir qualquer exportação de produtos americanos para a Inglaterra.O resultado foi uma drástica redução das importações de produtos britânicos,demonstrando a eficácia da associação como instrumento de pressão econômica e política.Assim,crescia o abismo entre as colônias e a Inglaterra.


                                              A Independência

  • Em 1775,os líderes das Treze Colônias se reuniram novamente na Filadélfia para decidirem a respeito de seu posicionamento político perante a Inglaterra.Nessa reunião foi decidido que os colonos declarariam sua independência e,se fosse necessário ,declarariam guerra aos ingleses.
  • A Declaração de Independência das Treze Colônias determinava que as colônias passariam a ser estados livres e independentes da Inglaterra,e que cada uma delas teria autonomia para aprovar suas próprias leis.Além disso,esse documento determinou que,se o governo não respeitasse os direitos do cidadão,poderia ser deposto e substituído.A declaração,no entanto,não considerava cidadãos os escravos,as mulheres e os estrangeiros.
  • O apoio francês: interessado em enfraquecer o poder da Inglaterra,o governo francês decidiu auxiliar os colonos em seu processo de independência.
  • A conquista da independência :  com a declaração de independência entre estadunidenses e ingleses intensificaram-se.Sob o comando de George Washington,os estadunidenses enfrentaram o exército inglês e,com apoio militar e econômico da França,conseguiram importantes vitórias.Esses conflitos duraram cerca de seis anos,até que,em 1781,o exército inglês foi derrotado e expulso da América.



             A Constituição dos Estados Unidos da América
  • No ano de 1787,os líderes da independência convocaram uma reunião entre os representantes dos treze estados americanos.Essa reunião,que ficou conhecida como Convenção da Filadélfia,tinha o objetivo de elaborar o texto constitucional para a nova nação.Após quatro meses de discussões,foi aprovada a Constituição dos Estados Unidos da América.
  • De acordo com a Constituição,os poderes do país seriam divididos em : Executivo,Legislativo e Judiciário.

As contradições pós-independência : Com a promulgação da primeira Constituição dos Estados Unidos,foram garantidos vários direitos aos cidadãos estadunidenses,entre eles,o direito à vida e à liberdade individual.Porém,esses direitos não se estenderam para todos.Uma das principais contradições da Constituição estadunidense foi a manutenção da escravidão.Outro grupo populacional numeroso que não foi beneficiado pela Constituição dos Estados Unidos foi o dos indígenas.









Curiosidades:
Apesar de ter baseado-se nos ideais iluministas, que pregavam ideais de liberdade e de igualdade de direitos, a independência dos Estados Unidos foi realizada pela elite colonial e visava à garantia dos interesses e privilégios dessa classe. Ela serviu de inspiração para outros movimentos semelhantes na América.

Razões da independência:
O movimento de independência dos Estados Unidos foi motivado pelo descontentamento com a ampliação da exploração da metrópole sobre a colônia. As Treze Colônias foram constituídas com um alto grau de autonomia – diferentemente do que aconteceu com as colônias espanholas e portuguesas –, e, a partir do século XVIII, as tentativas inglesas de reduzir essa autonomia geraram insatisfação.