domingo, 18 de novembro de 2018

A consolidação da independência brasileira

•A consolidação da independência Brasileira

A consolidação da Independência ocorreu em poucos anos, mas foi marcada por conflitos militares relativamente graves. Os brasileiros que eram favoráveis à Independência reuniram forças para lutar contras as tropas portuguesas que estavam no Brasil desde 1808. Os conflitos mais importantes ocorreram no Sul do país e na Bahia, onde movimentos separatistas e conflitos com os portugueses causaram algumas disputas violentas.

No plano internacional, os Estados Unidos reconheceram a Independência em maio de 1824, mas, informalmente, ela já era reconhecida pela Inglaterra, que era grande interessada em garantir a ordem e a ligação econômica com o Brasil. O reconhecimento formal inglês tardou a acontecer porque os ingleses tentaram conseguir do Brasil a imediata extinção do tráfico de escravos. Ainda assim, a Inglaterra esteve presente no processo de consolidação da Independência, servindo também de mediador no reconhecimento da nova nação por Portugal.O reconhecimento formal da Independência aconteceu apenas em agosto de 1825, através de um tratado em que o Brasil concordou em compensar a Metrópole em 2 milhões de libras pela perda da Colônia. Esta indenização foi paga com empréstimo inglês. Por conta dessas dificuldades no processo de consolidação da Independência, alguns historiadores têm feito objeções à famosa tese de que o processo de Independência foi fácil. Esses críticos defendem que a emancipação sob a forma de união em torno do Rio de Janeiro resultou de uma luta e não de um consenso geral.



•Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assembleia. Alguns deputados foram presos.

 D. Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

 A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).




•Desgaste e crise do governo de D. Pedro I

 Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D. Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

 Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

 Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D. Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D. Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.



•Abdicação

 Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D. Pedro I percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

 Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo após deixar o poder, viajou para a Europa.




•Período Regencial

Como a menoridade impedia o então herdeiro do trono de assumir o cargo de imperador, o governo do Brasil ficou sob a responsabilidade de regentes. A regências tiveram de articular uma nova configuração política para o Império, além de terem que enfrentar várias revoltas que eclodiram após a abdicação de D. Pedro I. Uma das manobras políticas mais ousadas da História do Brasil também foi efetuada no período da regência: o Golpe da Maioridade, em 1839, que tornou D. Pedro II imperador com apenas 14 anos de idade.

Fontes: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-monarquia.htm
http://estoriadorasdofuturo.blogspot.com/2017/11/a-consolidacao-da-independencia.html?m=1




Curiosidades: O reconhecimento formal da Independência aconteceu apenas em agosto de 1825, através de um tratado em que o Brasil concordou em compensar a Metrópole em 2 milhões de libras pela perda da Colônia. Esta indenização foi paga com empréstimo inglês. Por conta dessas dificuldades no processo de consolidação da Independência, alguns historiadores têm feito objeções à famosa tese de que o processo de Independência foi fácil. Esses críticos defendem que a emancipação sob a forma de união em torno do Rio de Janeiro resultou de uma luta e não de um consenso geral.
As críticas à famosa tese têm o mérito de ressaltar o fato de que a Independência não correspondeu a uma passagem pacífica. Mas, ainda assim, não se pode deixar de lado a constatação de que, admitindo-se o uso da força e as mortes resultantes, a consolidação da Independência se fez em poucos anos e sem grandes desgastes. Além disso, a emancipação do Brasil não engendrou maiores alterações na ordem econômica e social, tendo sido mantido no país o regime político imposto pela metrópole portuguesa.
Assim, após 1822, o Brasil continuou sendo uma monarquia encabeçada por um português e os anos seguintes à Independência até 1840 foram marcados por enorme flutuação política, por rebeliões em todo o país e por tentativas contrastantes de organizar o poder.

O apogeu do Império do Brasil


economia colonial brasileira esteve, desde o seu nascimento, ligada à mão-de-obra escrava. A independência e a instituição do império em nada modificaram a estrutura escravista. Ao contrário, a escravidão ficou mais acentuada.

O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos. Como a mortalidade era maior que a natalidade, a tendência era a diminuição do número de escravos. Por isso, a economia colonial precisava comprar cada vez mais escravos.


A Inglaterra e o tráfico negreiro


Até o século XVIII, a Inglaterra havia lucrado e acumulado muito capital com o comércio de escravos,mas no século XIX a situação mudou. Os industriais ingleses, que se desenvolveram com a Revolução Industrial, viam no escravismo um obstáculo para a expansão de novos mercados. Os ingleses achavam que os capitais aplicados na compra de escravos poderiam ser dirigidos para setores mais dinâmicos da economia, como, por exemplo, para a compra de máquinas e de produtos industriais. Além do mais, a escravidão significava um mercado restrito, ou seja, consumia muito pouco. Os ingleses queriam um mercado livre, sem o protecionismo do mercantilismo e do pacto colonial. Por essa razão é que eles combatiam o escravismo, não só em suas próprias colônias das Antilhas, como também em regiões como o Brasil.
Como nos tratados de 1810 D. João já havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros. A Inglaterra só reconheceu nossa independência com uma nova promessa de extinção, que nunca foi cumprida. Em 1831, formulou-se uma lei bastante ambígua sobre o controle do tráfico. Os escravos continuaram a ser importados. O tráfico continuava e as ações dos navios de guerra contra os navios negreiros cresciam na mesma proporção. A perseguição da Inglaterra aos navios negreiros brasileiros gerou fortes tensões nas relações entre os dois países.

Primeiro Reinado: Momento em que o Brasil deixou a condição de colônia, quando a família real portuguesa saiu de Portugal após o avanço das tropas napoleônicas sobre a Península Ibérica, entre os anos de 1807 e 1808. Nesse contexto, o Brasil foi alçado à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. A partir de 1808, portanto, teve início no Brasil uma intensa eferverscência política que foi pautada, sobretudo, pelas divergências entre portugueses (vindos com a Corte) e brasileiros, bem como entre liberais e conservadores (disputa interna entre os próprios brasileiros).

A situação política do Brasil só foi resolvida com a articulação e a instituição do Império. No início de 1820, quando começaram essas articulações, a América Latina e a Europa estavam passando por grandes reviravoltas. O modelo republicano era paulatinamente adotado pelos países vizinhos do Brasil. Ao longo do ano de 1821, os chamados “arquitetos” do império, como José Bonifácio de Andrada e Silva, passaram a tramar a adoção do modelo imperial no Brasil. Em 1822, D. Pedro, filho de D. João VI, optou por permanecer no Brasil e declarou o país independente de Portugal, tornando-se o primeiro imperador, sob o título de D. Pedro I.

As instituições do Império, entretanto, só foram efetivamente estabelecidas e regularizadas com a Carta Constitucional de 1824, ou, em outros termos, a Constituição de 1824. Uma das principais características do Império Brasileiro foi tecida nessa Constituição, isto é, o Poder Moderador, que consistia em um quarto poder que dava ao imperador a autoridade de apreciar a decisão dos outros poderes.

Período Regencial: D. Pedro I abdicou do trono, na década de 1830, em favor de seu filho, então com cinco anos de idade. Como a menoridade impedia o então herdeiro do trono de assumir o cargo de imperador, o governo do Brasil ficou sob a responsabilidade de regentes. A regências tiveram de articular uma nova configuração política para o Império, além de terem que enfrentar várias revoltas que eclodiram após a abdicação de D. Pedro I. Uma das manobras políticas mais ousadas da História do Brasil também foi efetuada no período da regência: o Golpe da Maioridade, em 1839, que tornou D. Pedro II imperador com apenas 14 anos de idade.

Segundo Reinado: foi o período mais longo da História Imperial, indo de 1839 a 1889. Nesse período, o Brasil passou por transformações de grande porte em todos os setores, desde o econômico até o cultural. Revoltas também ocorreram e exigiram uma habilidade de integração nacional muito forte por parte do imperador.
Além disso, os ânimos políticos também tomaram uma configuração intensa, sobretudo entre conservadores e liberais. Os movimentos republicano e abolicionista, associados às posições do exército, que também passaram a ser refratárias às do império, acabaram por gerar pressões múltiplas que culminaram no exílio de D. Pedro II e na consequente Proclamação da República.






Curiosidades: O apogeu foi durante o reinado de Dom Pedro II, onde ele estabilizou a politica com o seu parlamentarismo às avessas e centralizou o poder. Tivemos também um surto industrial, a expansão cafeeira que fez com que muitos imigrantes viessem trabalhar nas fazendas brasileiras, a criação da tarifa Alves Branco que aumentou a produção interna, Guerra do Paraguai, em que o Brasil ganhou, mas saiu muito endividado, e tivemos também a criação de leis contra a escravidão.




sexta-feira, 16 de novembro de 2018

A independência do Brasil

Independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reino do Brasil e o Reino de Portugal.



•Vinda da família real

Antecedendo o processo de independência do Brasil, mas com fortes influências sobre o mesmo, ocorre a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Portugal, que se recusava a se juntar ao bloqueio continentalcontra o Reino Unido. Incapaz de resistir ao ataque, a família real e o governo português fugiram para o Brasil, que era então a mais rica e desenvolvida das colônias lusitanas.A instalação do Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro traz uma série de transformações políticas, econômicas e sociais que levam à decisão do Príncipe Regente D. João, consumada em 16 de dezembro de 1815, de elevar o Brasil à condição de reino, unido com sua ex-metrópole.


•Revolução Pernambucana


No entanto, nem todos estava satisfeitos com o governo de Dom João VI no Brasil. Várias províncias brasileiras sentiam-se abandonadas e viam que as melhoras só beneficiaram a capital.Desta maneira, em Recife, no estado de Pernambuco, estala uma revolta que pretendia fundar outro país chamado Confederação do Equador. A resposta de Dom João VI foi imediata e o movimento reprimido.

•Revolução do Porto

Desde a vinda da família real para o Brasil, Portugal estava à beira do caos. Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava o país.

Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do Porto em 24 de agosto de 1820.

A Revolução Liberal do Porto pretendia derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.

Diante desses acontecimentos, no dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida. No entanto, deixa no Brasil seu filho mais velho e herdeiro do trono e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil.

No dia 26 de abril de 1821, D. João parte para Portugal, com a rainha Dona Carlota Joaquina e o príncipe Dom Miguel.


•A permanência de D. Pedro

Após o regresso de D. João VI, os deputados portugueses que participaram da Revolução começaram a pressionar D. Pedro para que ele também voltasse para Portugal.Esses deputados afirmavam que, caso ele não voltasse, seria acusado de insubmissão, isto é, desobediência.

No dia 9 de janeiro de 1822, após receber um abaixo-assinado com cerca de 8 mil assinaturas que pediam a sua permanência Brasil, D. Pedro assumiu publicamente o compromisso de ficar no país e desobedecer às ordens portuguesas.Esse dia ficou conhecido como o Dia do Fico .


•7 de setembro


No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes.

Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros.

No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.

Fontes: https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil



Curiosidades:

1-Dom Pedro I era um jovem de apenas 23 anos quando proclamou a independência. Se você tem em mente a imagem de um príncipe montado em um cavalo durante a proclamação, saiba que, na realidade, D. Pedro I viajava num burro quando parou às margens do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822.


2- Brado do Ipiranga não foi um contemplado por muitas pessoas. O momento foi testemunhado por apenas oito pessoas e a guarda que acompanhava D. Pedro I era composta por, no máximo, 15 soldados.


3-De acordo com pesquisadores, D. Pedro estava na casa de sua amante quando recebeu a carta de sua esposa, a Imperatriz Leopoldina, avisando-o sobre o golpe idealizado por Portugal.


4-O valor exato pago por Dom Pedro I pela Independência do Brasil foi de 2 milhões de libras. Na época, a elite também queria que ele levasse Angola para facilitar o comércio de escravos, mas Dom Pedro I recusou a oferta.


5-De imediato, apenas três estados aderiram ao reinado de D. Pedro I: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As outras regiões foram mais cautelosas e aderiram aos poucos. Inclusive, algumas recorreram às armas em defesa da independência, guerra que ocasionou a morte de, aproximadamente, 2.500 pessoas.


6-Em 1.822, a população brasileira era de apenas 4.5 milhões de pessoas. Isso representa a metade da população atual da cidade de São Paulo.


7-Pedro I não foi o único responsável pela Independência do Brasil. A emancipação foi resultado de uma sucessão de eventos sociais, políticos e econômicos, além de grande participação de uma camada intelectual ligada à elite agrária.


O fim da monarquia e a proclamação da República


A Proclamação da República Brasileira foi um golpe de Estado político-militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil, encerrando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituindo e deportando o então chefe de estado, imperador D. Pedro II.

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro.



•Crise da Monarquia

 A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:

 - Interferência de D. Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;

 - Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

 - A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;

 - Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;

 Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D. Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.



•A proclamação da República

A República Federativa Brasileira nasce pelas mãos dos militares que se veriam a partir de então como os defensores da Pátria brasileira. A República foi proclamada por um monarquista. Deodoro da Fonseca assim como parte dos militares que participaram da movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar apenas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação, mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo monárquico com sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.

A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a abolição da escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação. Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano Federalista.

 Fontes: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil



Curiosidades: A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira.
– A Proclamação da República foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia e, por conseguinte, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II.

– O primeiro a dar o grito da República foi o sargento-mor e vereador de Olinda Bernardo Vieira de Melo. O militar lançou a proposta em 10 de novembro de 1710 porque estava insatisfeito com a exploração abusiva do país pelos monarcas portugueses. O pedido foi rejeitado.

– Ao proclamar a República, Deodoro da Fonseca estava com um ataque de dispneia. Foi tirado da cama no meio da noite para comandar o cerco ao Ministério. Foi sem a espada, porque seu ventre estava muito dolorido. O cavalo baio que usou não foi mais montado até a sua morte, em 1906.

– Deodoro havia decidido apoiar os republicanos quatro dias antes. “Eu queria acompanhar o caixão do imperador, que está idoso e a quem respeito muito. Mas o velho já não regula bem, Portanto, já que não há outro remédio, leve à breca a Monarquia. Que venha, pois, a República”, disse.

– Quando passou pelo portão do Ministério da Guerra, o marechal acenou com o quepe e ordenou às tropas que se apresentassem. As tropas se perfilaram e ouviram-se os acordes do Hino Nacional. Estava proclamada a República. Não houve derramamento de sangue.



terça-feira, 14 de agosto de 2018

A Revolução industrial


A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico-sociais que começou na Inglaterra no século XVIII.Ela foi a grande responsável pela mudança do modo tradicional de produção.


Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis  pelo carvão .A revolução teve início na Inglaterra  e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos.


•O início da era industrial


No século XVIII,foram introduzidas importantes inovações tecnológicas na Inglaterra,como a máquina a vapor e o tear mecânico.Essas inovações acabaram provocando grandes transformações no modo de organização do trabalho e deram origem à Revolução industrial.

A época foi caracterizada pela mecanização da produção e consequente reformulação da concepção de trabalho, já que grande parte do trabalho exercido pelos operários foi substituída por máquinas.

Essa mudança na produção repercutiu na ordem econômica, política e social da época. A era industrial marca o início do desenvolvimento do capitalismo industrial assim como o crescimento da produção de massa e o surgimento das novas populações urbanas. Surgiram duas classes sociais radicalmente distintas: os proprietários dos meios de produção – burguesia – e o proletariado, formado pelos trabalhadores que necessitavam vender sua mão-de-obra para os empresários donos de fábricas.

•O trabalho nas fábricas 


A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas.A população de Londres passou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. A jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência.Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos.


•As diferenças sociais

O contraste social presente nas cidades industrializadas era muito grande.Enquanto os trabalhadores da classe operária enfrentavam péssimas condições de vida,os donos das fábricas viviam em residências luxuosas e confortáveis,situadas em bairros distantes das fábricas.

A enorme diferença econômica entre as classes sociais surgidas na era industrial contribuiu para a criação de várias correntes ideológicas, que pretendiam justificar o capitalismo – doutrinas liberais –ou condená-lo – doutrinas socialistas.


•Suas fases

Primeira etapa da Revolução Industrial

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.


•Consequências da Revolução Industrial

O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no que diz respeito ao poder econômico e político.

Afinal, nem todos se industrializaram ao mesmo tempo, permanecendo na condição de fornecedores de matérias primas e produtos agrícolas para os países industrializados.

Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é avançado é avaliar o quanto ele é industrializado.

 Fontes: https://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial.php
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/era-industrial




Curiosidades: O início e a duração da Revolução Industrial variam de acordo com diferentes historiadores. Eric Hobsbawm considera que a revolução "explodiu" na Grã-Bretanha na década de 1780 e não foi totalmente percebida até a década de 1830 ou de 1840,enquanto T. S. Ashton considera que ela ocorreu aproximadamente entre 1760 e 1830. Alguns historiadores do século XX, como John Clapham e Nicholas Crafts, têm argumentado que o processo de mudança econômica e social ocorreu de forma gradual e que o termo "revolução" é equivocado. Este ainda é um assunto que está em debate entre os historiadores.

As independências na América espanhola


As guerras de independência na América espanhola foram as numerosas guerras contra o Império Espanhol na América espanhola, que ocorreram durante o início do século XIX, a partir de 1808 até 1829.


•Introdução (antecedentes históricos)



A partir do século XVI, a Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de colonização espanhola baseado na exploração dos recursos naturais e minerais das áreas dominadas. Os povos americanos (incas, astecas, maias e outros nativos) foram dominados, perderam suas terras e tiveram que seguir a cultura imposta pelos espanhóis. Estes povos nativos também tiveram que trabalhar de forma forçada para os colonizadores da Espanha.



A administração implantada pela Espanha nas colônias americanas era totalmente controlada pela metrópole e tinha por objetivo principal a obtenção de riquezas. As leis e suas aplicações eram definidas pela coroa espanhola e, portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos.



No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas era rígido. Os colonos só podiam comprar e vender produtos da Espanha. Esta espécie de pacto colonial era altamente desfavorável aos colonos americanos, pois acabam sempre vendendo a preços baixos e comprando a preços altos, gerando grandes lucros aos espanhóis.



•Causas

As independências das colônias da América Espanhola ocorrem no século XVIII quando as ideias como liberalismo e autonomia começavam a conquistar as elites criollas.

Além disso, podemos citar como causas:

A influência da Independência dos EUA;O desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio;A expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha e destituiu o rei Fernando VII;O apoio militar do Haiti;O apoio financeiro da Inglaterra.

As primeiras ações militares receberam duras repressões da metrópole. Embora tenham ocorrido de maneira desorganizada e intempestiva, ajudaram os moradores das colônias a questionarem o sistema de exploração e criaram as condições para as futuras guerras.


•Tentativas fracassadas


Em 1808, a ascensão de José Bonaparte ao trono da Espanha iria desencadear a guerra de independência na América espanhola, devido aos desdobramentos políticos daquela situação.

O fracasso das rebeliões iniciadas em 1810 foi consequência, em grande parte, da falta de apoio da Inglaterra, que empenhada na luta contra a França napoleônica, não pôde fornecer ajuda aos movimentos de independência liderados pela aristocracia criolla.


Os Estados Unidos, que possuíam acordos comerciais com a Junta de Sevillha, também não forneceram qualquer ajuda aos rebeldes hispano-americanos. Em 1816, os movimentos emancipacionistas, isolados internamente e sem apoio internacional, foram momentaneamente vencidos pelas tropas espanholas.


•Vitórias

Após a derrota de Napoleão e 1815, a Inglaterra, liberta da ameaça francesa, passou a apoia efetivamente as rebeliões de independência na América, que se reiniciaram em 1817 e só terminariam em 1824 com a derrota dos espanhóis e a emancipação de suas colônias americanas.


Naquele ano, Simon Bolívar desencadeou a campanha militar que culminaria com a libertação da Venezuela, da Colômbia e do Equador e, mais ao sul, José de San Martín promovia a libertação da Argentina, do Chile e do Peru. Em 1822 os dois libertadores encontraram-se em Guayaquil, no Equador, onde San Martín entregou a Bolívar o comando supremo do exército de libertação.


O processo de independência tornou-se irreversível quando, em 1823, os EUA proclamaram a Doutrina Monroe, opondo-se a qualquer tentativa de intervenção militar, imperialista ou colonizadora, da Santa Aliança, no continente americano. Em 1824, os últimos remanescentes do exército espanhol foram definitivamente derrotados pelo general Sucre, lugar-tenente de Bolivar, no interior do Peru, na Batalha de Ayacucho.


Ao norte, a independência do México fora realizada em 1822 pelo general Iturbide, que se sagrou imperador sob o nome de Agustín I. Um ano depois, foi obrigado a abdicar e, ao tentar retomar o poder, foi executado, adotando o país o regime republicano.


•ConsequênciasApesar de ser o desejo de líderes como Simón Bolívar, as colônias espanholas se fragmentaram em vários países após a Conferência do Panamá.A aristocracia criolla passou a governar os Estados soberanos emancipados.A economia continuou a se basear na exportação de matérias-primas e ser dependente da produção industrializada das nações europeias.Manutenção da estrutura colonial onde os brancos eram a elite e índios e mestiços eram considerados inferiores.


•Confira abaixo as datas de emancipação das colônias do continente americano:

Estados Unidos - 1776
Canadá - 1867
Haiti - 1804
Argentina - 1810
Paraguai - 1811
Chile - 1818
México - 1821
Peru - 1821
Brasil - 1822
Bolívia - 1825
Uruguai - 1828
Equador - 1830
Venezuela - 1830
Nova Granada - 1831
Costa Rica - 1838
El Salvador - 1838
Guatemala - 1838
Honduras - 1838
República Dominicana - 1844
Colômbia - 1886
Cuba - 1898
Panamá - 1903

Fontes: https://www.todamateria.com.br/independencia-da-america-espanhola/
https://m.suapesquisa.com/historia/independencia_america_espanhola.htm
http://tudosimehistoria.blogspot.com/2013/02/a-guerra-de-independencia-na-america.html?m=1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Am%C3%A9rica_Espanhola


 Curiosidades: Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada).

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Revolução Francesa e império Napoleônico

• Contexto da Revolução:

∗ A manutenção da Monarquia absoluta francesa empobrece o Estado com despesas de guerras e sustento da Corte.
∗ Com a participação na Guerra de Independência dos EUA, França tem sua crise econômica ainda mais agravada, além de trazer influências liberais.
∗ Clero e Nobreza, juntos, representam 3% da população e detêm mais da metade das terras.
∗ O Terceiro Estado (burguesia, camponeses e sans culottes) arcava com as responsabilidades fiscais da sociedade francesa e não possuíam privilégios, enquanto Clero e Nobreza eram isentos de impostos, concentravam terras, prestígio e os mais altos cargos.
∗ Há uma relação de OPRESSÃO e SUSTENTO entre ambas as camadas sociais (Absolutismo parasitário).

• Principais causas para a revolta:

∗ O absolutismo não permitir participação política alguma e defender uma sociedade de estamentos;
∗ Propriedade era hereditária;
∗ Crise econômica e pobreza da população;
∗ Isenção de impostos para o Primeiro e Segundo Estados.

• Reinvidicações:

∗ Fim dos privilégios feudais (impostos abusivos, imunidade legislativa, corveia, talha, banalidade, etc);
∗ Igualdade perante a lei;
∗ Participação política;
∗ Liberalismo econômico;
∗ Propriedade privada (fim da propriedade hereditária, permissão para venda e compra de terras).

• 1ª FASE:

Grupos: 1˚) Girondinos ~> alta burguesia, defendem o voto censitário e a monarquia parlamentar. 2˚) Jacobinos ~> média e baixa burguesia, defendem o voto universal e a república democrática. 3˚) Sans-cullotes ~> camponeses, classes baixas, apoiam os jacobinos.

∗ Nobres, pressionados para assentir com a tributação para todos, se revoltam ~> Revolução dos Notáveis (1781).
∗ Convoca-se os Estados Gerais para votar a tributação para todo e o resultado é a favor do Clero e Nobreza (2 Estados contra 1).
∗ Burguesia cobra uma Assembleia Nacional Constituinte.
∗ Queda da Bastilha ~> Bastilha torna-se o emblema da Revolução por ser a prisão dos opositores ao Estado absolutista.
∗ Declaração Universal dos Direitos do Homem ~> garantem a igualdade jurídica, fim da propriedade hereditária, separação entre Igreja e Estado, fim dos privilégios feudais e liberdade de expressão.
∗ Implantação da Monarquia Constitucional (voto censitário e divisão de poderes) ~> Rei foge e pede apoio ao Império Austríaco (traição).

• 2ª FASE – PERÍODO DO TERROR:

∗ Jacobinos assumem o poder de forma radical e implantam uma ditadura, na qual qualquer opositor à Revolução é perseguido e guilhotinado.
∗ Líderes ~> Morat, Robespierre, Danton.
∗ Guerra Civil entre Girondinos e Jacobinos.
∗ “A Revolução devora seus filhos” ~> os mesmos grupos que pleiteavam por um objetivo em comum – a Revolução –, agora entram em conflito entre si.
∗ Países absolutistas se coligam por medo de que a Revolução se espalhe pela Europa. (Inglaterra apoia o absolutismo mesmo sendo parlamentarista porque teme que, se a Revolução se alastrasse, seus mercados consumidores pudessem ser ameaçados e seu poderio econômico desestabilizado.)
∗ Período Republicano ~> aprovação do voto universal, fim da escravidão nas colônias, direito à greve, fim dos privilégios feudaias restantes.
∗ Reação terminadora ~> Girondinos levam líderes jacobinos à guilhotina.

• 3ª FASE – DIRETÓRIO:

∗ Consolidação de um regime autoritário com aliança entre burguesia e exército (5 membros do exército eleitos pelo parlamento dirigem politicamente o Estado).
∗ Diretrizes políticas e econômicas voltadas para o crescimento capitalista industrial (dá fim aos últimos resquícios agrícolas).
∗ Más relações entre trabalhadores e burguesia ~> reivindicações por melhorias nas relações trabalhistas.
∗ Conspiração dos Iguais ~> movimento popular liderado por Baubef de cunho popular contra as medidas da burguesia.
∗ 1799 ~> Golpe 18 BRUMÁRIO de Napoleão Bonaparte, que concretiza os ideais liverais burgueses.

• 4ª FASE – CONSULADO:

∗ Napoleão é eleito 1˚ cônsul, acabando com os demais cônsules e exercendo todo o poder executivo.
∗ Medidas: criação do Banco da França, Código Civil Napoleônico (proibição de sindicatos e greve – censura –, retoma a escravidão nas colônias).
∗ 1804 ~> é coroado Imperador pela Igreja. CONTRADIÇÃO: a Revolução, que conquistou a laicidade do Estado e cujo objetivo foi destronar o absolutismo, culmina no retorno à um poder centralizado e na aliança com a Igreja.

Império Napoleônico.

• Ideal expansionista e tomada de territórios para acúmulo de matéria-prima.

• Introdução do Bloqueio Continental (ameaça de invasão aos países que mantivessem relações comerciais com a Inglaterra), objetivando minar a soberania econômica inglesa.

• Consequências ~> Corte portuguesa foge para o Brasil para não ser invadida; invasão da Espanha por Napoleão e deposição do rei desencadeia o processo de independência das colônias espanholas.
• Aliança dos países absolutistas com apoio inglês contra Napoleão.




Curiosidades: Para conseguir atingir o objetivo de dominar a Europa, Napoleão precisava neutralizar a outra potência do continente: a Inglaterra. Para tal, Napoleão decretou, em 1806, o Bloqueio Continental.  De acordo com este, os aliados franceses não poderiam fazer comércio com a Inglaterra e, caso desrespeitassem este bloqueio, poderiam ser invadidos por tropas da França.
Vale ressaltar que Portugal foi um dos países que desrespeitou o Bloqueio Continental e, por isso, foi invadido pelas tropas napoleônicas em 1807.

Independência do Brasil


 A Independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reino do Brasil e o Reino de Portugal, dentro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como uma consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir novamente o Brasil ao seu antigo estatuto colonial.


•Causas


Vários fatores causaram a Independência do Brasil. No início do século XVIII, a crise do sistema colonial, deu início a movimentos que tinham por objetivo libertar o Brasil do domínio português.

Os conflitos internacionais também aceleraram a luta no Brasil. Como exemplos temos a Independência dos Estados Unidos (1776), que romperam os laços coloniais, e a Revolução Francesa (1789) que derrubou o absolutismo.

No Brasil a situação era própria, a superação do pacto colonial interessava à principal classe dominante que era a aristocracia agrária.


Ela via nisso a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios metropolitanos e da submissão aos comerciantes portugueses.

A Inconfidência Mineira (1789) foi o primeiro movimento de tentativa de liberdade colonial. O desenvolvimento da colônia estava entravado pelos rigores da política mercantilizada, que impedia qualquer progresso que beneficiasse a colônia.

Dentre os movimentos precursores da independência do Brasil, a Conjuração Baiana(1798), foi o que apresentou características mais populares.

A população de Salvador, basicamente de escravos, negros, livres, mulatos, brancos pobres e mestiços, viviam em situação de penúria. Assim, eles pregavam uma sociedade onde não houvesse diferenças sociais.

•História

Após a volta de Dom João VI para Portugal, em 1820, as elites brasileiras começam a discutir as possibilidades de fazer a independência do Brasil.

Ao contrário das demais colônias hispânicas, o Brasil tinha o príncipe-herdeiro do reino fisicamente instalado no seu território. Desta maneira, muitos líderes se unem a figura de Dom Pedro a fim de que ele lidere o processo de independência.

Alguns, porém, desconfiavam da fidelidade de Dom Pedro ao Brasil. Essas dúvidas foram dissipadas em 9 de janeiro de 1822 com a declaração de que Dom Pedro permaneceria no Brasil. Esta data passou à história como o Dia do Fico.

Em agosto do mesmo ano, Dom Pedro decide empreender uma viagem à província de São Paulo a fim de garantir o apoio dos paulistas à sua causa. Deixa sua esposa, a princesa Dona Leopoldina como regente.

Neste ínterim, chegam cartas de Portugal exigindo a volta imediata de Dom Pedro ao Reino e dessa vez não se aceitariam desculpas.


Diante da gravidade da situação, Dona Leopoldina convoca o Conselho de Estado. Indignados com o conteúdo da correspondência, os integrantes apoiam a decisão de Dona Leopoldina em assinar o decreto de independência do Brasil.

Em seguida, a regente envia uma carta a Dom Pedro contando o que fizera e que caberia a ele formalizar a separação entre os dois países. José Bonifácio também manda uma correspondência orientando Dom Pedro a proclamar a independência o quanto antes.

Assim, cinco dias depois, a comitiva de Dom Pedro é interceptada pelo correio enquanto descansava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.

Ali mesmo, o príncipe manda que os soldados se desfaçam de suas insígnias branca e azul (cores de Portugal) e dá o seu famoso grito de “Independência ou Morte”. Este momento ficaria conhecido como o "Grito do Ipiranga".

Fontes: https://m-historiadomundo-uol-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/m.historiadomundo.uol.com.br/amp/idade-contemporanea/independencia-brasil.htm?amp_js_v=a2&amp_gsa=1&usqp=mq331AQCCAE%3D#referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fhistoriadomundo.uol.com.br%2Fidade-contemporanea%2Findependencia-brasil.htm

https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/




Curiosidades:  Na guerra de independência — iniciada ainda com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821 — passa a atuar o Exército Brasileiro, formado a partir da contratação de mercenários, do alistamento de civis e de tropas coloniais portuguesas, contra aqueles que permaneceram fiéis ao Reino de Portugal em algumas partes do país.[3][4] Em meio ao conflito, há em Pernambuco o levantamento da Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio governo, republicano, mas foi duramente reprimido. Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal. Em troca, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido, para indenizá-lo por sua mediação.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Antigo Regime


O sistema feudal


Entre os séculos V e XV, o sistema feudal foi predominante na Europa. Nesse período a maioria da população europeia vivia na área rural e trabalhava na produção agrícola. Os servos, como eram chamados os camponeses, deviam fidelidade aos grandes proprietários de terra e, em troca, recebiam deles proteção e permissão para trabalhar na terra.


Os proprietárias rurais eram chamados senhores feudais. Eles eram nobres que recebiam dos reis um grande lote de terras - o feudo - e ficavam comprometidos a garantir a defesa do território. Conforme os senhores feudais foram aumentando suas propriedades e o número de camponeses sob sua proteção, eles ficaram mais poderosos e adquiriram certa autonomia em relação ao rei
.


                                        A crise do feudalismo



A crise do feudalismo, a partir do século XI, aconteceu com o desenvolvimento do capitalismo mercantil, que necessitava da expansão do comércio e da ampliação dos lucros; e das cidades, pois no mundo feudal o que prevalecia era uma sociedade rural.


Entre os fatores que contribuíram para a crise do feudalismo podemos destacar a necessidade da nobreza em ampliar a arrecadação de dinheiro para custear os gastos públicos, o processo de urbanização que gerou a expansão do comércio, promovendo novas relações de trabalho, como o regime assalariado; e, principalmente, o surgimento de uma nova camada social chamada burguesia. Essas mudanças ocorreram, em grande parte, nas regiões da Europa Ocidental, que aderiram com mais facilidade às transformações relacionadas ao aumento das atividades comerciais e ao aumento populacional.


O aumento das atividades comerciais contribuiu para a utilização da moeda na economia e para o aumento da produtividade, visando uma maior margem de lucros. O espírito empreendedor influenciou as relações comerciais rumo a mudanças econômicas mais profundas, que foram dando origem ao capitalismo, que tinha por objetivo o aprimoramento nas técnicas de produção, a organização do trabalho e a ampliação dos negócios.
Portanto, o sistema feudal não conseguiu acompanhar as mudanças em relação ao crescimento das cidades e da população, e nem ao surgimento da burguesia e o florescimento do espírito capitalista.




                           A burguesia e a nobreza apoiam o rei 

Os burgueses passaram a apoiar os reis para que eles promovessem mudanças que estimulassem as relações comerciais. O sistema feudal impunha diversos empecilhos ao desenvolvimento do comércio e não havia, por exemplo, uma moeda nem um sistema de pesos e medidas unificados.
Os reis reis estimularam os negócios burgueses desfazendo parte desses empecilhos feudais. Com isso, conseguiram arrecadar mais impostos, enriquecendo seus reinos e fortalecendo seu poder.


  
                                A Centralização política
  
O apoio da burguesia e de parte da nobreza fortaleceu o poder dos reis e possibilitou, gradativamente, a centralização política dos reinos, que foram se constituindo em Estados.

A criação de exércitos permanentes, disciplinados e fiéis ao Estado e a imposição de uma única língua e uma religião oficial também foram imprescindíveis para a conquista da soberania desses territórios.

Outra inovação importante dessa época foi a retomada do princípio da propriedade privada, que pertencia ao Direito Civil Clássico, também conhecido como Direito Romano. Na economia, esse sistema jurídico servia aos interesses da burguesia comercial e manufatureira. No plano político, ele privilegiava a ideia de um líder governando com plenos poderes, o que atendia à crescente centralização política na figura do rei durante o processo de formação dos Estados Modernos.

   Mercantilismo

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.

É possível distinguir três modelos principais: balança comercial favorável, pacto colonial e protecionismo. Segundo William Holman Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.


                                                          Os três estados

  Na França o clero e a nobreza tinham enormes privilégios e o rei impunha a sua vontade, era o representante de Deus na terra. Nessa época a sociedade francesa estava dividida em três ordens ou estados:
  O primeiro estado era o clero, que representava a Igreja, com cerca de 120 mil pessoas.
  O segundo estado era a nobreza, composta pela corte, que girava em torno do rei, pela nobreza provincial e pelas pessoas que embora não tenham nascido nobre enriqueceram e compraram títulos de nobreza. À nobreza correspondia um total de 360 mil pessoas.
  O terceiro estado era formado pela maioria da população, entre burgueses, trabalhadores, artesãos e camponeses, além de um grande contingente de desempregados, famintos e marginalizados. Mas o grande contingente populacional eram realmente os camponeses, que correspondiam a cerca de 80% da população francesa. Muitos desses camponeses ainda estavam presos aos seus senhores feudais.
                      O público e o privado no Antigo Regime



Há diversas características que separam o público do privado. No entanto, essa distinção foi construída ao longo da história das sociedades, mais especificamente a partir do início da Idade Moderna.
A partir do século XVI, na Europa, o Estado passou a interferir cada vez mais nos espaços sociais da comunidade. Além das funções administrativas jurídicas e militares, passou a exercer maior controle social. A maior interferência do Estado sobre a sociedade proporcionou o desenvolvimento de novas normas de conduta e padrões de comportamento.
Além do fortalecimento do Estado moderno, os historiadores apontam outros fatores que contribuíram para o processo de divisão entre o público e o privado, entre eles as reformas religiosas e o aumento nos índices de alfabetização.

                                 Os teóricos do Absolutismo

Os teóricos do absolutismo surgiram em um momento posterior à formação de diversas monarquias nacionais. Geralmente, ou teciam suas perspectivas com base em experiências e conflitos vividos no interior de determinadas monarquias ou legitimavam o poder real por meio de uma análise comparativa entre as diferentes formas de governo já experimentadas. Além disso, contaram com a ascensão da imprensa para que tivessem suas idéias lançadas ao público.
Ao mesmo tempo, lembrando que a Idade Moderna ainda estava fortemente marcada por valores religiosos, notamos que alguns pensadores absolutistas buscaram justificativas religiosas para o reconhecimento do poder real. O princípio do “direito divino dos reis” defendeu a idéia de que a ascensão de um monarca ao poder, na verdade, refletia os anseios divinos com relação ao destino da nação. Em certa medida, o rei se transformava em um representante de Deus.
Entre os principais pensadores do absolutismo, podemos dar destaque à obra do italiano Nicolau Maquiavel, autor de “O príncipe”; do pensador britânico Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”; o jurista francês Jean Bodin, criador de “Os seis livros da República”; e Jacques-Bénigne Bossuet, teólogo francês autor de “Política Segundo a Sagrada Escritura”.




Curiosidades:O Antigo Regime refere-se originalmente ao sistema social e político aristocrático que foi estabelecido na França. Trata-se principalmente de um regime centralizado e absolutista, em que o poder era concentrado nas mãos do rei.

Também se atribui o nome Antigo Regime ao modo de viver característico das populações europeias durante os séculos XV, XVI, XVII, e XVIII, isto é, desde as descobertas marítimas até às revoluções liberais. Coincidiu politicamente com as monarquias absolutas, economicamente com o capitalismo social, e socialmente com a sociedade de ordens.

As estruturas sociais e administrativas do Antigo Regime foram resultado de anos de “construção” estatal, atos legislativos, conflitos e guerras internas, mas, tais circunstâncias permaneceram como uma mistura confusa de privilégios locais e disparidades históricas, até que a Revolução Francesa põe fim ao regime.